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O Grande ABC do Alto. Um menino na Vera Cruz. Geraldo Nunes voa... ...Manuel Filho viaja. Os dois fazem história.

Dois profissionais, amigos desta página Memória, ficarão na História por fazerem a mais pura memória neste primeiro quarto de século do novo milênio

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
29/05/2025 | 02:30
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O jornalista Geraldo Nunes criou o “São Paulo de Todos os Tempos”, programa clássico de memória do rádio paulista; o escritor Manuel Filho possui mais de 60 livros publicados, com obras destacadas em feiras internacionais. Os dois, premiadíssimos, têm ligações estreitas com o Grande ABC, e ambos são cantores.

Manuel e Geraldo – “Gerardo” como era chamado pelo avô – têm livros novos na praça. Vocês vão se deliciar.

 

AVENTURAS DE UM REPÓRTER AÉREO – Neste livro (Scortecci Editora), Geraldo Nunes, jornalista, radialista, memorialista, rememora fatos de uma carreira de repórter nos ares de São Paulo – Capital e região metropolitana, com escapadas pela Baixada Santista, sobrevoando com o helicóptero da Rádio Eldorado a Serra do Mar.

Em crônicas deliciosas, Geraldo narra histórias reais dos bastidores do rádio e aviação. Entre elas, a solução sugerida lá do alto para os prefeitos Celso Daniel e Luiz Tortorello para resolver o problema de ligação entre a Rua Alegre e Avenida Dom Pedro II, num dos limites entre Santo André e São Caetano.

A cobertura de um incêndio na Nestlé, em São Bernardo; seu encontro com Ayrton Senna no Campo de Marte e uma gravação exclusiva com o piloto; como é navegar em meio a um nevoeiro, são histórias que o autor narra como se ainda estivesse cruzando os céus metropolitanos.

A linguagem diferenciada e descontraída do rádio, Geraldo Nunes leva para este e outros livros que escreveu. Ele foi um dos primeiros a indicar rotas alternativas para fugir do trânsito maluco de São Paulo. Para não ser repetitivo na indicação dos caminhos, estudava em casa os mapas dos guias de ruas então vendidos em bancas de jornal.

São 34 capítulos. Emoção pura. Geraldo Nunes conta: o primeiro sobrevoo na casquinha voadora; o sequestro da filha de Silvio Santos; como e quando surgiram marronzinhos da CET; a campanha pelo Rio Tietê limpo; um voo proibido sobre a Fórmula 1; Diário do Grande ABC publica artigo sobre o repórter aéreo; mortes de motociclistas no trânsito de São Paulo; colaborador em roteiros de cunho memorialista; nunca mais o prazer de voar foi o mesmo.

Companheirismo: Geraldo fala dos pioneiros da reportagem aérea, entre os quais Murilo Antunes Alves (o primeiro), Genilson Araújo (o que mais tempo permaneceu no ar), Aluane Neto, Eleonora Pascoal (a primeira mulher na função), Carlos Belmonte, Cesar Tralli, Agostinho Teixeira (que reside em São Caetano), entre vários outros.

“Cheguei a voar no helicóptero do Franz Netto”, destaca Geraldo.

Emoção em dose tripla: o último dia de Geraldinho como repórter aéreo e no caminho da Rádio Estadão.

Meu bom amigo Geraldo Nunes, neste livro você se supera, como jornalista e como cidadão dos ares e do nosso coração.

 

Crédito da foto 3 – Acervo pessoal

Crédito da foto 4 – Foto: J. R. Duran para a Helischool Escola de Pilotagem; arte final: Daniela Jacinto

GERALDO NUNES. Contatos: Scortecci Editora; [email protected]

O MENINO QUE NÃO VIA CORES - Pela Editora Inteligênios, o novo livro de Manuel Filho rememora a lendária Companhia Cinematográfica Vera Cruz, de São Bernardo.

A paixão pelo cinema, as memórias da infância e o desejo de falar sobre inclusão se entrelaçam neste livro e marca a realização de um sonho de décadas para o autor nascido e criado em São Bernardo.

Manuel Filho inspira-se em histórias que ouvia ainda menino, quando seu pai contava sobre os tempos em que artistas andavam pela cidade – os atores e atrizes da Vera Cruz.

“Desde pequeno, quis escrever algo inspirado na Vera Cruz. Era uma espécie de fábrica de sonhos que sempre me fascinou”, conta o autor. 

O resultado é uma narrativa sensível e potente. Em "O Menino que Não Via Cores", o protagonista — uma criança com uma condição real que afeta muitas pessoas — não enxerga as cores do mundo ao seu redor. Certo dia, sua cidade recebe uma empresa de cinema que também produz ?lmes... em preto e branco. Pela primeira vez, o garoto se sente incluído, representado e pertencente a algo maior.

Mais do que uma simples história, o livro é uma homenagem ao cinema nacional, um convite à valorização da inclusão e uma ode ao amor, à arte e à memória cultural brasileira.

O tema faz lembrar Luiz Carlos Fernandes, ilustrador, caricaturista, chargista, quadrinista e escultor. Fernandes é daltônico. Sua obra mais recente, “Fernandes em Preto e Branco”, apenas antecede a próxima, “Fernandes a Cores”. E Manuel Filho nos faz acreditar que o seu menino que não via cores poderia ser o próprio Fernandes, para orgulho de todos, nosso colega de Redação.

Crédito da foto 3 – Joaquim Araujo

Crédito da foto 4 – Arte: Gustavo Ramos

MANUEL FILHO. Contatos: Editora Inteligênios; (11) 9-9976-5545; <[email protected]

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO

Quinta-feira, 29 de maio de 1975 – Edição 2759

MANCHETE - Programa estadual garante mais água para o Grande ABC.

O programa foi lançado no Palácio dos Bandeirantes e propunha oferecer água potável para uma população de 1,5 milhão de pessoas na região metropolitana.

ADEUS – Falecia o jornalista Oswaldo Russi, chefe do setor de artes do “Notícias do Município”, órgão oficial de São Bernardo.

CULTURA & LAZER – Cantora Marlene se apresentava no Teatro Municipal de Santo André com o espetáculo “Te pego pela palavra”.

FUTEBOL – Depois de realizar 13 jogos amistosos nos últimos quatro meses, quando perdeu apenas um, o Santo André estrearia no Campeonato Paulista da Primeira Divisão, no Estádio Bruno Daniel, frente o União Agrícola, de Santa Bárbara do Oeste.

No Pacaembu, Portuguesa de Desportos 1, Saad, de São Caetano, 0.

EM 29 DE MAIO DE...

1890 - Inspetoria Especial de Terras e Colonização informava sobre a dispensa, a pedido, de Antonio Rodrigues Rebello Sênior, que prestava serviços de apontador geral no Núcleo Colonial de São Bernardo.

1905 – Do correspondente do Estadão na Estação Rio Grande (da Serra) – O Sr. Arthur Luiz de Souza, por motivo do seu aniversário natalício, reuniu em sua casa, no dia 28 do corrente, em almoço íntimo, diversos amigos, tendo sido por vezes saudado. 

Saragoça, 24 - Hoje, por ocasião da procissão de Nossa Senhora do Rosário, deu-se um conflito entre populares, saindo feridas algumas pessoas.

1930 - Nascia, em Curitiba, o esportista Carlos Zimmermann, um dos baluartes do Palestra de São Bernardo.

NOTA DA MEMÓRIA – Zimmermann residia na Vila Gilda, em Santo André. Colaborou conosco na elaboração do livro comemorativo aos 50 anos do Palestra: 1935-1985.

1955 – No Pacaembu, Portuguesa de Desportos 2, Sociedade Esportiva Palmeiras 2. Primeiro jogo da série de três pontos para desempate do primeiro lugar do Torneio Rio-São Paulo.

O título representava o de campeão brasileiro.

Em andamento as obras iniciais da nova Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP).

1960 - Câmara Municipal de Santo André realizava sessão solene em homenagem ao ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, João Baptista Ramos.

1980 - Falecia Américo Basso, cantor lírico nascido, criado e que sempre viveu em São Bernardo.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

No Estado de São Paulo, hoje é o aniversário de São Pedro do Turvo

No Rio Grande do Sul: Ajuricaba, David Canabarro, Ibiraiaras e Uruguaiana

Na Bahia: Santo Antônio de Jesus, São Felipe e Taperoá

No Pará: Ourém.

HOJE

Dia Mundial da Energia

Dia do Geógrafo e do Estatístico. Homenageia a data de criação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 29 de maio de 1936.

São Paulo VI 

29 de maio

Papa. Autor da encíclica Humanae Vitae. Canonizado pelo papa Francisco em 14 de outubro de 2018.

Ilustração: Acidigital.com




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